AW-499107195 Gestão feminina, o que é?
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Gestão feminina, o que é?

Atualizado: 20 de mar. de 2023




Para melhor compreendermos o tema proposto precisamos voltar os olhos para o conceito de gestão. A palavra nos remete ao sentido de administrar, gerir, conduzir, portanto gestão consiste no ato de administrar recursos, gerir pessoas, atividades e conduzir estratégias de forma organizada para alcançar objetivos idealizados por você e/ou pessoas que estão envolvidas no mesmo propósito.


Minha experiência em gestão surgiu após a graduação em Direito, entrada no mercado jurídico com a habilitação para o exercício da advocacia pela Ordem dos Advogados do Brasil e constatação das dificuldades cotidianas comuns para gerenciar minha atividade profissional e vida pessoal, que jamais ficou excluída, pois casa, marido, meus hobbies, filhos e pets sempre se fizeram presentes nos primeiros anos de formação.


Enfrentando as ditas dificuldades no amadorismo inicial e a necessidade de suportar um escritório próprio nos idos de 2005 com sociedade informal, resolvi entrar para o mundo corporativo, pois desejava aquilo que não vi nos primeiros meses de advocacia: o reconhecimento financeiro frente às horas empenhadas de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas de rotina no escritório de advocacia. Gestão naquela época? Somente da rotina de agenda e acompanhamento processual.


Com emprego garantido a vida de advogada em multinacional não foi nada do que esperava. Assumi um cargo de gestão em controles internos de compliance anticorrupção e integridade com parceiros de negócios na América Latina e Caribe. O cargo demandava tudo o que eu não havia aprendido no curso de Direito: administração de tempo, de fluxos internos, de revisão de processos para melhoria contínua, gestão de equipe e muito, muito, controle comportamental.


Foi uma fase interessantíssima de minha vida. Aprendi tudo. Calls em dois idiomas que já dominava, fazer reuniões de apresentação de resultados, liderar equipe, realizar testes de compliance para garantir a aplicação das bases legais à época contra a corrupção visando a integridade corporativa, até rodar queries em mainframe, afinal, estava em um mundo de tecnologia da informação.


Amei cada experiência aprendida. Inclusive quando reconheci minha dificuldade em dizer não para o meu lado workaholic tive a oportunidade de ouro para iniciar um autoconhecimento comportamental. Eu não estava totalmente feliz, os motivos eram simples: não conseguia compatibilizar minha rotina com casa, marido, pets, hobbies e filho por vir. Após uma semana de trabalho prolongado em horas extras para fechamento de quartil chegando em casa meia-noite, mesmo tendo motorista à disposição, eu sabia que aquela não era a vida que eu queria levar – era o início da percepção de meus valores.


Eficiência, bom salário, reconhecimento e resultados mil não eram suficientes, afinal, estava matando a mulher em mim. Descobri que estava grávida e pedi demissão.

Enfrentei o maior dilema de todos: profissional de sucesso terceirizando a educação de filhos submetendo-os à rotina de creche durante o período de trabalho ou ser mãe presente e por completo? Ser a esposa que fez aqueles votos de presença e companheirismo ou ser a esposa das fotos e das redes sociais? A vida da forma que eu conduzia não tinha a palavra conciliar.

Precisei de uma pausa. Queria olhar para meu diploma de Direito e minha habilitação para a advocacia e sentir que realmente advogava. Queria rever meus pincéis, cheirar os focinhos dos meus pets.


Voltei para a advocacia. Mãe. Mulher, inteira. Cursei a formação em gestão em um MBA para jamais esquecer como fazia aquilo tudo lá no mundo da tecnologia e reproduzir uma gestão melhor dentro do Direito, dos processos, das consultorias, pois realizar as melhores entregas aos clientes passou a ser uma meta. É claro que no meio judicial sabemos que advogados não podem prometer resultados, o que também não faço, mas podemos ser melhores, levar mais informações aos clientes para que as tomadas de decisões processuais sejam mais conscientes, para que as consultorias sejam mais completas e assertivas e se transformem em melhorias. Este tem sido o valor a mais de minha bagagem profissional agregada ao Direito, o que jamais conheceria no mundo jurídico não fossem estas primeiras experiências na advocacia.


Hoje compartilho minha bagagem de vida e experiências profissionais com outras mulheres e advogadas auxiliando-as em seu desenvolvimento pessoal e profissional, pois sei que vocês, mulheres também querem o sucesso e querem chegar nele inteiras.


Dito tudo isso eu posso dizer com toda a propriedade que a gestão feminina é o encontro das ferramentas comuns de gestão que você pode aprender em um curso de Administração ou MBA com as ferramentas de gestão comportamental, emocional, de estilo de vida e carreira para que qualquer mulher possa desenvolver com mais equilíbrio sua vida pessoal e profissional e se você precisa destas orientações práticas sem ter de dominar a teoria, simplesmente aplicando estes conhecimentos em seu cotidiano objetivando mais conquistas, conte com a experiência de quem já viveu estes processos, acessando este link.


Imagem autoral: arquivo pessoal.




*Alina Swarovsky Figueira

Advogada

Consultora em privacidade

Treinadora em gestão feminina

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